Presença do Saúde Carioca no 1º Aniversário da Clínica Souza Marques |
segunda-feira, 1 de abril de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
METAS
Promovendo a Saúde com Arte.
Introdução :
Ao
pensarmos em Promoção da Saúde precisamos contextualizar esta proposta,
a fim de propormos estratégias que permitam o fortalecimento e o
desenvolvimento desta Política Pública.
Atualmente,
a Atenção a Saúde no Brasil, busca a construção de um modelo que
priorize ações da melhoria da qualidade de vida dos sujeitos e
coletividades. Desta forma , percebemos um movimento político no
sentido de responsabilizar cada esfera de governo a fim de possibilitar
os avanços necessários.Neste sentido , vale a pena destacar a Agenda de
Compromissos pela Saúde ( MS, 2005) que agrega Três eixos: O Pacto em
defesa do Sistema Único de Saúde ( SUS ), o Pacto em Defesa da Vida e o
Pacto de Gestão.
Diante
da perspectiva do desenvolvimento de estratégias que visem a
operacionalização das atividades no âmbito da Promoção da Saúde ,
enfoque prioritário neste projeto, destacamos na Agenda de
Compromissos o Pacto pela Vida que dentre outros aspectos pressupõe:
“
o aprimoramento do acesso e da qualidade dos serviços prestados no
SUS, com a ênfase no fortalecimento e na qualificação estratégica Saúde
da Saúde da Família; a promoção, informação e educação em saúde com ênfase na promoção de atividade física, na promoção de hábitos saudáveis de alimentação e vida, controle de tabagismo; controle do uso abusivo de bebida alcoólica; e cuidados especiais voltados ao processo de envelhecimento “.( Pol. Nac. Promoção da Saúde – 2ª edição ).
Percebemos
então que a Política de Promoção da Saúde perpassa por outras Políticas
, dentre elas destacamos: O Programa Saúde do Escolar, público de
extrema relevância para o projeto, pois permite a abordagem de temas,
tais como: Alimentação saudável, Prevenção e controle de Tabagismo,
Prevenção e controle do uso abusivo de álcool e outras drogas, Prevenção
de acidente de trânsito, Prevenção da violência e estímulo a cultura da
paz.
A
partir das questões apresentadas, é importante refletirmos sobre o
Plano Municipal de Saúde na Escola e na Creche do Rio de Janeiro (
PMSEC ), onde encontramos outros elementos que subsidiam nosso projeto:
“
A elaboração do PMSEC referenda-se com os princípios e diretrizes da
Política Nacional de Atenção Básica ( MS / 2006 ), da Política Nacional
de Promoção da Saúde ( MS / 2006 ), DA Política Nacional de Promoção da
Igualdade Racial ( Brasil, 2003 ), na Portaria Interministerial que
institui a Câmara Intersetorial de Educação em saúde na escola( MS /
2006 ) e na Portaria Ministerial nº 1.861, de 4 de setembro de 2008, que
estabelece recursos financeiros pela adesão de Programa de Saúde na
Escola para Municípios com Equipes de Saúde da Família , priorizados a
partir do índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, que
aderirem ao Programa de Saúde na Escola.” ( PMSEC - 2008 ).
O PSMEC propôs como estratégia para o planejamento e implementação das ações a criação dos seguintes Grupos:
- Grupo de Trabalho Macro Funcional envolvendo: a Secretaria Municipal de Saúde ( SMS ), a Secretaria Municipal de Educação ( SME ) e a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) .
- Grupos de Trabalho Regionais, no âmbito das Coordenação de Saúde da Área Programática ( CAP ) – Núcleos de Saúde Escolar – com representação das Coordenadorias Regionais de Educação ( CRE ) e Coordenações de Assistência Social
( CAS ) e seus respectivos Centros de Referência em Assistência Social ( CRAS ).
Enquanto
representantes de uma Coordenação de Área Programática ( CAP 3.3)
estamos inseridos no Núcleo de Saúde do Escolar e dentre as atribuições
especificadas para os núcleos no PMSEC encontramos:
“- Considerar nos planos e projetos de formação técnica de profissionais e de membros da comunidade escolar, a inserção dos temas:
(...)
Específicos: Uso de Tabaco, álcool e outras drogas, questões que afeta
à sexualidade, à violência, situações de rua, exclusão da escola, saúde
da criança e do adolescente, saúde do trabalhador, agravos e doenças
específicas que possam surgir como demandas dos mais diferentes
terrritórios , entre outros, para os quais podem ser pensadas e
desenhadas estratégias e atividades de enfrentamento”.( PMSEC – 2008).
Partindo
desta visão, além da estruturação de Grupos de Trabalho Locais,
entendemos que precisamos potencializar as tecnologias inovadoras que
possibilitam o acesso ao público de forma interativa, permitindo a
reflexão do modo de viver, pensar e agir do sujeito dentro do contexto
territorial e seu impacto na saúde individual e coletiva. Vejamos um
trecho da Política Nacional de Promoção da Saúde que discorre quanto ao
processo saúde -doença :
“Nas
últimas décadas , tornou-se mais e mais importante cuidar da vida de
modo que se reduzisse a vulnerabilidade ao adoecer e as chances de que
ele seja produtor de incapacidade, de sofrimento crônico e de morte
prematura de indivíduos e população.
Além
disso, a análise do processo saúde – doença evidenciou que a saúde é
resultado dos modos de organização da produção, do trabalho e da
sociedade em determinado contexto histórico e o
aparato biomédico não consegue modificar os condicionantes nem
determinantes mais amplos desse processo, operando um modelo de atenção
marcado, na maior parte das vezes , pela centralidade dos sintomas “.
Na
CAP 3.3, a Divisão de Ações de Programas de Saúde, vem fortalecendo a
parceria com a Equipe de Educadores em Saúde que tem inovado na
abordagem de temas relacionados à Promoção da Saúde, e por conseguinte a
Saúde do Escolar. Através de uma metodologia lúdico-pedagógica, a
Equipe interage bem com o público-alvo de diferentes faixas etárias. Ao
planejarmos as ações a serem desenvolvidas no PSE , partindo do
pressuposto que educar é mais que transmitir conhecimentos,
identificamos prontamente que investir nesta Equipe seria investir em
Promoção da Saúde, Programa Saúde do Escolar, e nas suas clientelas
particularizadas.
Histórico da Equipe
- Histórico da Equipe de Educação em Saúde da AP - 3.3 - “Saúde Carioca”
Em 2004, em função de uma crescente demanda por ações educativas sobre dengue, a então Divisão VI de Controle da Dengue da AP-3.3 decide formar um grupo de Agentes de Controle de Endemias para ministrar palestras e participar dos eventos que ocorressem na área, nascia assim o embrião da atual equipe. Este formato de trabalho educativo prossegu
Em 2007, a partir de experiências bem sucedidas na prevenção à
dengue com os alunos do Ensino fundamental da Rede Pública, foi
criada uma proposta educativa sobre dengue, que tinha comNúcleo de Adolescentes Multiplicadores- NAM'S da 5ª CRE/SME, o projeto se chamava "Escola sem Dengue", e foi devidamente analisado e aprovado do DED (departamento de educação da 5ª CRE). Podemos dizer que a partir deste fato, começamos a encarar o nosso
trabalho como um planejamento educativo que integrasse outros setores fora da SMS.
Em fins de 2008, em parceria com o DAPS/CAP 3.3, construímos o nosso primeiro trabalho lúdico de educação em saúde, para divulgar o dia Mundial de Combate à Diabetes junto aos alunos da Rede Municipal, que eram o público alvo desta ação. A atuação da equipe foi considerada muito boa, e a repercussão desse trabalho, levou-nos a percepção de que a linguagem lúdica poderia se tornar uma ótima estratégia de comunicação em saúde na nossa área. Em 2009, a equipe recebe novos integrantes, já que a demanda por trabalhos educativos é crescente. A Equipe reafirma cada vez mais a sua vocação para o lúdico, investindo na criação e montagem de esquetes teatrais enriquecidos com paródias musicais. No final de 2009, após receber um convite da Direção da CAP-3.3, a Equipe se desloca para Madureira, e inicia uma importante etapa na sua estruturação, ou seja, desenvolve ações educativas de dengue e de outros temas de saúde com vários setores da Coordenadoria de Saúde. Por questões pedagógicas passamos a ser ligados ao Centro de Estudos, Presidido até hoje por Sandra de Oliveira. Ainda com relação ao ano de 2009, firmamos uma importante parceria com o PEP (Pólo Empresarial da Pavuna), que facilitou sobremaneira a entrada dos nossos ACE’s nas Fábricas e Indústrias localizadas na Rodovia Presidente Dutra e entorno, além de iniciarmos uma campanha educativa de prevenção à dengue junto aos funcionários dessas empresas. Paralelamente a esses trabalhos, a equipe de educação vinha fortalecendo o seu projeto lúdico-pedagógico, a partir da qualificação dos seus educadores, que participaram de vários seminários, oficinas , encontros , etc. Todos promovidos pelo EDUCOM, que era o setor de Educação e Comunicação em Saúde a nível central. E uma de suas principais propostas pedagógicas, era a criação do PEI (Planejamento Educativo Integrado), que buscava a integração de todas as propostas educativas de prevenção à dengue dos diversos setores das áreas programáticas da Cidade do Rio de Janeiro, como uma estratégia de potencializar as ações educativas no combate a doença.
o característica mais importante a construção de jogos educativos em parceria com os alunos do
Em 2010, A equipe de educação passa a adotar o nome de SAÚDE CARIOCA. E com o passar do tempo, nossos trabalhos começam a ser mais conhecidos, crescendo rapidamente a demanda por trabalhos educativos dentro da 3.3., além de trabalhos pontuais em outras áreas programáticas.
Em 2011, a agenda de trabalho do Saúde Carioca se ratifica com todos parceiros dos anos anteriores, além do surgimento de novos atores no processo de trabalho. Observamos um crescimento tanto a nível qualitativo quanto quantitativo. A equipe Saúde Carioca começa a ser considerada como uma das referências de educação em saúde da 3.3.
Pensando nessa nossa trajetória, podemos afirmar que o ano de 2012 foi de grandes conquistas porque conseguimos estabelecer nossa proposta educativa de trabalho - a Lúdico-pedagógica, fortalecemos as nossas parcerias e sensibilizamos uma parcela considerável da população em relação aos
principais agravos de saúde da nossa área. Durante o ano de 2012,
chegamos a um público direto de mais de 25.000 pessoas , além de tantas outras indiretas. Participamos de eventos em outras áreas (AP’s- 5.2 e 2.2); novos trabalhos foram construídos com o CES/SUBPAV; e diversas ações educativas com o DAPS/CE e DVS da CAP-3.3, abordando
temas diversos como: Prevenção de DST / AIDS; Dengue, Tabagismo,
Fatores de risco para o coração, Amamentação, Higiene Infantil, Meio
Ambiente, Hanseníase, Saúde do Trabalhador, etc. Além da construção de
novos esquetes teatrais com temas sugeridos pelas Unidades, Estratégia de Saúde da Família, Empresas do PEP para as SIPAT’s (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) e outros parceiros.
Ao final de mais um ano, a Equipe Saúde Carioca conclui que a utilização da metodologia
lúdica no desenvolvimento das suas ações educativas é a sua principal ferramenta de trabalho, pois é um facilitador na relação de comunicação com o seu público alvo, visto que a mensagem é transmitida de forma mais direta, rica e agradável. Portanto, a nossa maior motivação vem de cada novo desafio que surge. E é com este espírito de Doação, na concepção mais filosófica do termo, que seguimos realizando o nosso trabalho, e principalmente acreditando sempre no que fazemos. Assim é o SAÚDE CARIOCA.
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